10.11.10

19


Os fatos já tinham chegado todos e cada um tinha no cabide o nome a qual jogador seria entregue… Tinha de os levar agora todos para o meu ateliê onde os jogadores os viriam buscar quando chegassem do treino. Teriam de os vestir para ver se alguma coisa que não estivesse certa ou se os tamanhos tivessem trocados que pudesse ser arranjado. Encontrei-me com o LFV que foi o primeiro a experimentar o seu fato que lhe assentava que nem uma luva 
O Fato consistia num conjunto de calças e blazer de fazenda cinza escura ainda com uma camisa branca bom botões de punho especialmente desenhados com o emblema do clube. E ainda para terminar uma gravata vermelha de ceda com o símbolo do clube bordado a linho dourado.
-Óptimo trabalho! – disse-me vendo como lhe ficava ao espelho.
-Obrigado, o prazer em trabalhar para este clube é todo meu senhor presidente.
-Vejo que sim. E trabalha muito bem. Gosto do seu profissionalismo!
-Obrigado.
-Portanto quando os jogadores chegarem vão direitos ao seu ateliê para experimentarem os fatos, se houver algum problema agradecia que fosse comunicado imediatamente.
- Claro, assim o farei.
Eu estava radiante pelo meu trabalho. Mas por outro lado começava a ficar nostálgica. O meu trabalho aqui estava quase terminado e mais tarde ou mais cedo teria de deixar de trabalhar aqui e procurar outra coisa. Estas semanas aqui tinham sido, provavelmente, algumas das melhores da minha vida. Foi um orgulho ter conseguido ter este trabalho depois de acabar o curso, foi um sítio onde fiz muitas amizades para a vida, foi no estádio do meu coração, foi para o clube que eu amo e ainda encontrei o homem da minha vida! Como poderia eu esquecer este lugar? Não podia!

E perdida nos meus pensamentos levei os fatos todos para o ateliê onde já se encontravam alguns jogadores.
Os primeiro vestiram e “so far so good” estava tudo que nem uma maravilha e eles ficavam completamente magistrais nos fatos. Os fatos davam-lhes aquele poder, aquele respeito, aquela elegância, aquela classe. Se bem que classe, classe era com o meu homem. O mesmo homem que me fez soltar um sorriso bem rasgado mal o vi entrar com o Saviola pelo ateliê adentro.
-Hola chica! – disse-me o Saviola
-Hola!
O Aimar deu-me um breve beijo nos lábios assim que chegou perto de mim.
-Yo gustava de provar mi traje! – disse o Saviola forçando uma tosse para que nos parássemos de beijar.
-Sí Savi! Aqui tienes! – entreguei-lhe o fato para as mãos.
-Gracias pequeña!- e piscou-me o olho.
-Mira este es para ti. –disse entregando um fato ao Aimar.
-Poden probarlo arriba. – disse indicando que os provadores eram a seguir as escadas. – Cuando estuviere quiero verlo.
-Sí cariño. – disse-me o Aimar roubando-me mais um beijo o que me provocou um sorriso no rosto.

Minutos depois apareceram ambos com os fatos vestidos.
Examinei-os ao pormenor em todas as costuras e nos comprimentos correctos. E estava tudo no sítio.

-Perfeito! – disse com um sorriso no rosto.
-Muy bonito, hiceste un bueno trabajo. – disse-me o Saviola.
O Aimar admirava-me. Estava mais distraído a olhar para mim do que com o próprio fato.
-Esta bueno Pablo?
-Sí, sí! – disse sem deviar o olhar.
O Saviola seguiu para cima para tirar o fato.
-Estas muy guapa hoy cariño. – disse-me ao ouvido encostando o seu corpo nas minhas costas.
-Solo hoy? – perguntei virando-me para ele.
-No. Tudos los días. – e pondo uma mão sobre a minha face puxou-me o rosto para um beijo quente.
Também ele seguiu para cima para o tirar. Depois de mais alguns jogadores e das provas estarem a correr lindamente eu sentia-me felicíssima.
Era óptimo ver o nosso esforço a dar lucros e sem defeitos o que era extra óptimo.
Os últimos foram o David e o Rúben que com a sua fama de demorarem imenso tempo nos balneários, foram os últimos a chegar ao estádio e ainda tive que estar à espera deles.
-Oi Janeeee! – cumprimentou o David apressando-se a dar-me dois beijinhos.
-Olá David. Toma o teu fato.
-Olá. – disse o Ruben timidamente sem ser capaz de me olhar nos olhos.
-Olá Rúben. – disse normalmente, eu não era pessoa de guardar rancores. – Toma o teu fato! – e entreguei-o nas suas mãos.
 
-Acho que o meu fato encolheu viu… - reclamou o David e eu fiquei logo preocupada. Só me faltava agora nos últimos dois isto correr mal. Mal olhei para ele vi logo o que se passava. O blazer estava apertadíssimo e as calças a regar. Corri para ele pedi para tirar o blazer. Apontei claramente para a etiqueta que tinha especialmente o nome do jogador a que pertencia bordado.
-Sabes o que diz aqui David?
-Rúben? – perguntou coçando a cabeça farta pelos seus caracóis que eu até achava engraçados e inocentemente sorriu.
-Porque raio vestiste o fato do Rúben? – perguntei aborrecida.
-Para brincar com você?
-O David, só espero que não tenhas forçado as costuras vai lá trocar de fato com o Rúben.
-Tá me chamando de gordo é?
-Não David… mas és claramente maior e mais robusto que o Ruben, logo nem sei como isso te serviu.
E lá subiu e trocou de fato com o Rúben. Minutos depois desceram os dois com os fatos correctos que lhes assentavam absolutamente bem. Examinei o do Rúben com mais pormenor não fosse o David lhe ter dado cabo do fato o que eu esperava que não tivesse acontecido senão ainda ia sobrar para mim.
E com muita sorte minha estava tudo no sitio.
-Pronto está óptimo! E ainda bem que não estragaste o fato do Rúben, David.
-Esta muito bonito, óptimo trabalho, Jane. – disse o Rúben continuando sem olhar-me nos olhos.
E lá se despacharam os dois a tirar os fatos e rapidamente desceram. O que não era muito normal deles pois eles demoravam sempre séculos.

-Pequenininha tenho um convite para você irrecusável. – disse-me o David antes de sair.
-Ah sim? Diz lá então!

-Logo vai haver uma festa em casa do Javi a namorada dele faz anos sabe… e então ele deixou pra mim e pró Rúben o trabalho de convidarmos o pessoal. Então eu quero convidar você e o Aimar. Não faltem não?
-Ok, eu falo com o Aimar.
Despedi-me dele. O Rúben permaneceu atrás dele em silêncio. Vi o David sair mas o Ruben ficou lá imóvel a olhar para mim.

-Podemos falar? – perguntou-me olhando-me pela primeira vez nos olhos.
“Se for para me obrigares a beijar-te não, não podemos!” Era o que me apetecia dizer-lhe mas estava decidida a esquecer isso. Eu não queria perder a amizade dele, mas ele tinha de perceber que entre mim e ele não ia existir um nós.
-Sim podemos. – disse normalmente sentando-me numa das poltronas que tinha lá.
-Desculpa. – disse-me sinceramente. – Eu não te devia de ter obrigado a nada. Já percebi que não gostas de mim como eu gostaria que gostasses. Tu amas mesmo o Aimar. Espero que as coisas entre vocês não tenham ficado más por causa do beijo.
-Não não ficaram. O Pablo percebeu tudo. – esclareci-o.
-Ainda bem então. – disse baixando o olhar. –Eu sei que não queres perder a minha amizade mas… Eu queria que não estranhasses que nos próximos tempos ande afastado. Só para tirar estes sentimentos de dentro de mim. Depois podemos voltar a ser amigos… - disse-me olhando de novo para mim.
-Ok… Por mim tudo bem. E… obrigado por perceberes Rúben!
Abracei-o e despedi-me dele.

 


Meninas não me canso de agradecer pelos comentários! Afinal é por voces que eu venho aqui sempre que posso deixar-vos mais um bocadinho :)

*novidade- fui chamada para entrevista na escola onde quero entrar! desejem-me sorte!*

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link do postPor pablitoaimar, às 11:29 

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