Boa noite meninas, como prometi, novo capitulo hoje!
Desculpem não ter postado, mas alem de andar sem tempo ainda me fizeram o favor de me ficarem com o disco externo onde eu tinha os capítulos e como ainda não me devolveram apesar das enumeras vezes que já o pedi de volta, tive que voltar a escrever tudo, para poder postar algo para vocês... Espero que gostem!
p.s - se quiserem usar a montagem no final do capitulo usem direitos por favor!
Havia que aproveitar as pequenas férias que íamos ter… E eu o Pablo decidimos ir passar uma semana ao Norte com a minha família.
Estava agora a ficar bem pesadinha e bem barriguda de 6 meses. Já tínhamos arranjado um quarto para o bebé no apartamento, e as primeiras compras de roupinha já tinham sido feitas.
-Tu toma bem conta desses dois meninos! – disse-me a Sara despedindo-se e passando uma mão sobre a minha barriga e um olhar sobre o Pablo.
-E tu toma bem conta dessa super hiper mega criança crescida que tens aí… - disse referindo-me ao Javi.
Despedimo-nos e partimos, ainda nos esperava uma longa viagem…
O percurso decorria na normalidade… sem muitas pressas, alegremente e divertido com uma boa conversa entre mim e o Pablo.
O engraçado da vida é que nunca podemos programar nada porque nunca sabemos o futuro… Futuro esse que pode nunca chegar… Ou pode atrasar-se por um bom motivo… ou porque a vida decide ter um fim…
De um momento para o outro, só me lembro de ter desviado o olhar da estrada por dois segundos para ver o seu magnífico sorriso e ver um carro em sentido contrário, em excesso de velocidade, vir contra nós assim que voltei a por os olhos na estrada.
Ah pessoas que num instante tão grande acham que não acontece nada… mas eu vi a minha vida passar toda diante dos meus olhos… Senti o meu corpo congelar e ficar sem reacção… Os meus sentidos foram ficando menos apurados… Deixei de ouvir o que se passava a minha volta… Só me lembro de sentir uma grande impacto e a partir daí só uma imensa escuridão…
(…)
Tentei mover o corpo… mas as dores eram demasiadas… E quando tentei abrir os olhos umas luz branca forte, fez com que uma enorme dor de cabeça se apoderasse de mim… Os consistentes barulhinhos das maquinas fizeram-me aperceber de que estava num hospital e que isto não era apenas um sonho.
Rapidamente tentei procurar pelo Pablo, mas não o encontrei… Estava sozinha na sala… Temi o pior.
Tentei perceber o que se passava comigo… se tinha partido alguma coisa… Mas sentia que conseguia mexer tudo ainda que com bastantes dores… Tinha apenas ligados a mim o soro e duas maquinas.
Minutos depois um médico surgiu.
-Menina Jane, eu sou o dr. Ferreira… Ainda bem que já esta acordada… Infelizmente…
-O Pablo? – foi a minha primeira reacção…
-O Pablo esta bem… Por sorte foi o que escapou melhor desta situação… Apenas ficou com ferimentos ligeiros… Poderá ir embora ainda hoje… Já a menina terá que ficar aqui mais alguns dias… Mas eu vou pedir para chamarem o sr. Pablo porque preciso mesmo de falar com os dois…
Naquele momento, só me sentia aliviada por saber que ele estava bem… Nem sequer me passou pela cabeça em perguntar o que se passava comigo ou o que de tão importante o médico queria falar comigo…
Perguntava-me se a minha família já saberia disto… Até porque eles ficariam preocupados se não chegássemos lá a tempo… Mas eu nem sabia quanto tempo teria passado desde do acidente…. E o Soro estava a deixar-me cada vez mais sonolenta.
Minutos depois vi o Pablo, com apenas alguns pensos nos braços, entrar no quarto e dirijir-se rapidamente a mim para me encher o rosto de beijos enquanto passava as suas mãos preocupadamente pela minha face…
-Bem… - interrompeu o médico… - Odeio ter que fazer isto, mas… infelizmente tenho uma má noticia para vos dar…
Neste momento os nossos olhares cruzaram os do dr.Ferreira e escutamos atentamente.
-Com os senhores esta tudo bem, o Pablo teve apenas alguns ferimentos ligeiros, e a Jane também… Tiveram imensa sorte, porque pelo estado do carro, deveriam estar ambos mortos agora… Mas ainda assim o choque foi grave… e infelizmente… a menina Jane, perdeu o bebé…
Senti um instantâneo arrepio atravessar todo o meu corpo como se de um pequeno choque eléctrico se tratasse, e senti enumeras lágrimas escorrerem pelo meu rosto, assim que consegui libertar os primeiros gritos de dor…
Levei as mãos a cabeça e chorei… pedi enumeras vezes que ‘não’ mas em vão!
Rapidamente o médico se apressou a injectar um calmante no meu braço direito e eu senti-me desvanecer em segundos… E mesmo antes de colapsar consegui ver o olhar vidrado do Pablo em mim… Não largava uma única lágrima, mas o seu olhar falava por si. Via raiva, tristeza, o sentimento de não poder fazer nada contra isto. E adormeci.