30.10.10

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Entrei em casa o mais rápido possível preparei-me mentalmente para um grande raspanete da Sara e com razão. Mas para meu espanto entrei em casa e esta estava vazia. Encontrei um bilhete em cima da mesa da sala.
Não sei por onde andas, e sinceramente estou preocupada não atendes, não respondes. Mas algo que me diz que estas bem e que só te esqueceste de mim. E então decidi não esperar e fui jantar com o Franco. Beijo, até logo. Não esperes por mim acordada. Sara”
Mandei-lhe uma sms a dizer para ela não se preocupar que estava tudo bem, para me desculpar por a ter feito esperar e que depois lhe explicaria o que se tinha passado.
Vesti uma roupa mais confortável e mais básica. Mandei vir uma pizza e vi tv até tarde. Não conseguia deixar de pensar no Aimar. Já tinha saudades dos seus beijos autenticamente deliciosos. E não conseguia tirar o sorriso da cara desde que saí de sua casa. Estava perdida nos meus pensamentos quando ouvi a Sara chegar.
-Oi. – disse-lhe.
-Opá, por onde é que andas-te? Estava mesmo preocupada, caramba! – disse-me fechando a porta, e virando-se para mim. –Ui… Estamos muito sorridentes. –disse-me.
-Tu a que deverias de vir sorridente, afinal foste jantar com o “Jarra”. – provoquei-a.
-E venho! Mas deixa-te de provocações e conta-me o que se passou porque prometes-te que o fazias.
-Senta-te aqui vá! – disse-lhe gesticulando para que ela se senta-se ao meu lado.
-Desculpa, eu esqueci-me completamente do nosso jantar. Desculpa, a sério, não era suposto isto ter acontecido, mas foi mais forte do que eu. Eu prometo que nunca mais te deixo pendurada assim.
-Jane, pendurada é na boa. Acontece… Desde que tenhas boas razões para isso. Nunca mais me deixes é assim preocupada. E afinal esse sorriso todo deve ter uma boa explicação que até aposto que é a mesma que me vais dar por te teres atrasado.
Revirei os olhos, voltei a mostrar-lhe um sorriso rasgado.
-Ui que estamos mesmo apanhadinhas. Isto mete Aimar jáestou a ver. – disse-me.
As minhas bochechas coraram. Ela conhecia-me tão bem.
-Sim… Eu saí do estádio e fui ter com ele, porque ele queria falar comigo, por isso a que veio cá ontem…
-Sim e? – disse-me para que continuasse.
-E… Bem… Eu beijei-o. Ele beijou-me. E ele…Bem… gosta de mim… E eu… estou tipo… eu estou completamente apaixonada por ele… - disse-lhe.
Ela estava de boca aberta e de olhos esbugalhados a olhar-me. –Oh eu sabia! Vocês os dois… Isso ia escaldar. Beijaram-se? Não houve mais nada? – perguntou ela fazendo-me olhinhos.
-Não Sara! – disse-lhe.
-Ohhhhhhhhhhh. Aposto que o Aimar é óptimo na cama.
Olhei-a completamente atónita com o que ela tinha dito.
-Ai não me olhes assim, é verdade. Experiência não lhe deve faltar e ainda por cima é pai de 3 filhos lindíssimos… Ele deve ser óptimo no assunto.
Eu continuava chocada a olhar para ela. – Sara…
-Sim... – disse-me secamente como quem diz “que foi? Eu tenho razão”
-Não te preocupes com a vida sexual do Aimar se faz favor e vai mas é tratar do “Jarra”!
-Ai o Franco! Ele também é óptimo na…- interrompia. –SARA!
-Ai que foi?
-Não preciso de saber pormenores.
Ela riu-se. – Ok desculpa. Então mas isso quer dizer que tu e o Aimar agora… andam?
Encolhi os ombros e revirei os olhos. – Não posso comentar algo sobre o qual ainda não falamos.
Ela riu-se. –Ahahahaha, wowque discurso formal. Qualquer dia já podes ir fazer as entrevistas flash em vez do Jorge Jesus.
Dei-lhe uma pequena lapada no ombro e ri-me também.

E depois de mais uma longa conversa fomos dormir. Amanha o Benfica jogava em casa com o Paços de Ferreira e eu e a Sara tínhamos bilhetes para ir assistir.
(…)
A manha foi mais uma daquelas atribuladas, onde eu andava cheia de trabalho. Agora além dos fatos tinha também que me preocupar com um novo projecto que o LFVme tinha proposto. Fazer o design de 3 t-shirts para as adeptas femininas do Benfica. E digamos que as ideias pelo menos me fluíam muito bem.
Mas quando gostamos do que fazemos e nos empenhamos à séria no trabalho o dia até passa mais rápido e realmente passou. Porque quando dei por ela já eram 17h e eu tinha que ir para casa para me preparar para o jogo.
Jantamos, a Sara arranjou-se todinha. Encaracolou o cabelo, pintou as unhas, ia com um vestido preto justo e curtinho combinado com umas botas rasas, um casaco de lã cinza e com a maquilhagem bastante clean e ao mesmo tempo maravilhosa.
-Sara vais para um jogo, não vais a um desfile de moda. – disse-lhe.
-Pois, pois vou! E tu vai mas é arranjar-te não quero chegar tarde. – piscou-me o olho.
Eu optei por umas calças de ganga justas, uma camisa com xadrez vermelha, azul e branca sobreposta sobre uma t-shirt preta mais as minhas all stars vermelhas. Cachecol do Benfica e estava pronta!
-Vais assim. – perguntou-me mal me viu pronta.
-Vou! Como eu disse vamos a um jogo de futebol.
-Sim mas eu não vou só a um jogo do futebol. Alias, hoje não durmo em casa sweetie. – disse-me.
-Conta-me lá isso. – perguntei enquanto saiamos de casa.
-Depois do jogo vou dar uma volta com o Franco e bem… vou conhecer a casa dele.
-Ah pronto. Vai lá então.
Antes de sairmos mandei uma sms ao Aimar. “Hola, esperó que tengas un bueno partido. Besos.”
“Gracias hermosa, besos cariño”- sorri.

Eram 20h quando entramos no recinto do estádio. O Jogo começaria dali a 15 minutos. Estava ansiosa por ver o Aimar jogar. Eu sei que ele ia dar o seu melhor.
O jogo começou! Ao minuto 14 o Aimarpega na bola na linha do meio campo. Passa um, passa outro, outro e outro e golaço de Aimar. Lindo! Com nota artística como diria o Jesus.
Eu saltei da cadeira abracei-me a Sara, gritei, pulei, festejei. Foi lindo ver toda a equipa abraçar-se a ele para o felicitar. E merecia. Foi sem duvida um grande golo. Durante o Jogo ainda pudemos ver outro golo do Kardece com um pouco mais de sorte tinha-mos o 3-0 com um golo do Saviola mas a magia não estava do lado dele. Mesmo assim eu estava felicíssima.
E o meu coração quase parou quando no final do jogo ele tirou a camisola para a oferecer a um jogador do paços. Aquele tronco definido, os braços meticulosamente musculados. O meu coração saltou umas quantas batidas até a Sara me acordar.
-Hey não te babes. Aquilo já é teu. Não precisas de te babar quando podes tocar. – disse-me rindo. – Bem eu vou indo. O Franco vai ter comigo ao Colombo e tu vais embora?
-Não ainda não. – disse-lhe.
Ela seguiu rumo ao Colombo e eu dirigi-me a garagem do estádio.
Encostei-me ao carro do Aimar e deixei-me ficar à espera dele.
Eu tinha a facilidade de puder ir até lá porque o porteiro conhecia-me de quando ia trabalhar e podia dizer que me sentia feliz por poder faze-lo.
Vi os jogadores saírem. As vezes um por um outras vezes acompanhados. E todos me cumprimentavam a medida que iam passando e eu felicitando-os pelo jogo.
Passado uns 15 minutos vejo o Aimar vir ao longe acompanhado do Saviola. Vinham a conversar, ambos com sorrisos no rosto. Apesar do Aimar ainda não se ter apercebido que eu lá estava. O Saviola mal me viu balbuciou algo ao Aimarque eu não percebi pela distância. E este olhou-me sorriu e vieram na minha direcção.
-Hola Jane!– cumprimentou o Saviola.
-Hola, lindo partido señores! – disse ainda que brincado com a situação.
-Ahhh Jane, solo para Aimar, yo despuésde tantas oportunidades no marque un sólo gol.
O Aimar pemanecia ao seu lado sem tirar os olhos de mim, escutando a nossa conversa.
-Savi, es la sorteé, pero mejores partidos viran. Y tu marcaras. –disse-lhe.
-Si claro. Mira Aimar, me voy. Ficha bien. – disse dando-lhe um abraço.-  Y tu tambien pequeña.
Ri-me.- Soy quaseé de tu altura.
-Falta un bocadiño así! – disse-me gesticulando com as mãos o bocadinho que faltava ao qual nos rimos todos.  E foi-se embora.
-Parabienes! Mucho bueno partido. El gol fue muy lindo! – disse-lhe.
-Que vieste à ver el partido e no me lo disiesteé? – disse-me chegando mais perto de mim.
-Era sorpresa! – colmatei.
Ele sorriu, encostou-me ao carro, a sua mão agarrou-me na face e beijou-me lentamente saboreando cada pedaço dos meus lábios.
-La próxima vez tienes que decirme para que te dedique un gol.  –disse-me.
E nisto roubou-me mais um beijo rápido do qual passou da minha boca para a minha cara e para o meu pescoço, fazendo com que um arrepio me percorresse o corpo e que os meus olhos automaticamente fechassem para saborear o momento. Quando os abri deparei-me com o Ruben do outro lado da garagem a olhar-nos completamente espantado. E quando o vi corei imediatamente. Ele parecia desligado. Completamente parado, olhava-nos com uma expressão que eu não conseguia decifrar. Estava completamente "congelado", de lado com uma mão na porta do carro. Quase como se estivesse paralisado.
-Aimar.–chamei-o ainda que quase sussurrando.
-Sí? – ele mal viu a minha cara olhou para a direcção onde o meus olhos estavam postos e viu o mesmo que eu.
Nesse momento foi como se o Ruben tivesse ligado. Desviou o olhar, abriu a porta do carro, ligou-o e saiu.
O Aimar olhou para mim. Eu olhei para ele e esperava por alguma reacção, mas reacção essa que não veio. Ele não parecia minimamente preocupado com aquilo e eu decidi nem sequer me preocupar.
-Mira, me puedes llevar a casa? – perguntei-lhe.
-Sí, desde que seja a mícasa! – disse-me. Eu ri-me limitei-me a entrar no carro dele.

 


Meninas obrigado pelos comentários :)

E continuem a acompanhar a fic que eu prometo que não vos desiludo, se desiludir, dêem-me na cabeça xD

 p.s - Catia obrigado pela ajuda no espanhol :)

E bem como não poderia deixar de ser...

PARABÉNS A DIEGO MARADONA!

 

 

 

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sinto-me: *-*^^
música: hole - samantha
link do postPor pablitoaimar, às 15:50  comentar

De Beatriz a 30 de Outubro de 2010 às 21:22
Adorei, principalmente a parte do Rúben ter congelado ahahah.
Continua

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