14.12.10

Mais um vez obrigado pelos comentários :) Fico muito agradecida.

Hoje deixo-vos mais um capítulo, eu adorava postar mais do que um por dia, mas é complicado arranjar tempo para escrever. Talvez na próxima semana consiga :)

 

p.s - Catarina, as minhas outras fics estão em inglês e estão inacabadas, mas ainda assim se as quiseres ler manda-me um e-mail.

   

 


 

 

32

 


Amanhã partiria para Espanha, sabia o quanto me ia custar mas estava disposta a arriscar. Hoje no entanto era um dia especial. Tinha sido convidada para um concerto de música ao vivo num bar aqui próximo. Todos os meses eles juntavam clientes do bar para fazerem uma noite de música ao vivo cantada pelos escolhidos e hoje era a minha noite. Obvio que não queria dar demasiado nas vistas, por isso só falei do assunto à Sara e ao Pablo e no entanto a Sara pediu para trazer o Javi atrás. Ultimamente, depois da noite do ano novo, estes dois andavam muito juntinhos, ainda que não admitissem que algo se passasse entre ambos. E o Pablo… bem o Pablo quis trazer os filhos todos com ele e convidar o Saviola e a Romanella. E como eles já eram amigos próximos, por mim era na boa. Desde que não chamassem o plantel inteiro, era numa boa. No entanto achei por bem mandar uma sms ao David e ao Rúben. Ultimamente já não passava assim tanto tempo com ambos. É obvio que eles também tinham as suas vidas, mas como amigos já não estávamos juntos à mais de um mês e agora que ia embora queria matar saudades de uma vez só.
A Sara ia jantar com o Javi, por isso depois iriam directamente para o bar. O Pablo vinha buscar-me a casa com os filhos para seguirmos para o bar as 9h e o David e o Rúben responderam às sms’s a dizer que lá estariam.
Vesti-me a rigor com um vestido preto, deixando um ombro ao descoberto, com um pormenor trabalhado com pérolas pretas no outro ombro. Adornei o conjunto com um colar comprido composto apenas por fios de prata soltos e com uns dolce & gabbana pretos. Levei o cabelo solto ao natural, um bocadinho de maquilhagem e estava pronta.

 

O Pablo foi pontual e apareceu mesmo na hora para me vir buscar. Dei um beijo doce em cada um dos 3 pequeninos, que me sorriram adoravelmente.
Entramos no local marcado, apenas iluminado por velas que estavam espalhadas por todo o bar. Já estava um rapaz, de aparecia jovem no palco que cantava a echoes dos klaxons. Eu adorava aquela música e devo dizer que a versão do rapaz não era nada má, mas preferia a original. O Javi e a Sara já acompanhavam aquela batida, perdidos por entre o pouco publico que contemplava a música. Não é que fossem assim tão poucas pessoas. Ao todo, estavam umas 25 lá dentro, mas o objectivo era esse. Era um bar acolhedor com a gente suficiente para apreciar algo musicalmente mágico.
Minutos depois chegou o David acompanhado pelo Ruben, que nos cumprimentaram com um sorriso e que se sentaram na mesma mesa ocupada pelos restantes. Logo de seguida chegaram também o Saviola acompanhado pela maravilhosa Romanella que estava lindíssima. O David pediu uma rodada de meio whisky para todos, para nos aquecer a alma. Não era hábito deles beber, mas estavam de férias e uma vez ou duas num ano não fazia mal a ninguém. Sabia que a seguir seria a minha vez, por isso já me preparava interiormente. Apesar de já não ser a primeira vez que cantava para público, ficava quase sempre nervosa.
Ouvi o meu nome ser chamado pelo Carlos que era o apresentador no bar. Toda a gente na mesa, sorrir e aplaudiu. Eu peguei no meu whisky e levei-o atrás de mim, coisa que fez com que todos olhassem para mim, como que à espera do que viria dali.
Sabia perfeitamente a música que ia cantar, sentei-me no pequeno banco no centro do palco, dei um gole no copo cheio de um licor portador de um tom adoravelmente dourado, assim que ouvi os primeiro acordes e olhei-os um por um nos olhos e cantei. “For you I was a flame. Love… is a losing game. Five story fire as you came. Love… is a losing game. Why do I wish I never plane. Ohhh what a mess we made. And now the final frame. Love is a losing game. Played out by the band. Love is losing hand. More than I could stand. Love is a losing hand. Self professed… profound. Till the ships were down. I know you’re a gabling man. Love is a losing hand…” ()

Conseguia projectar a minha voz na perfeição num blues e deixar a plateia rendida, da qual recebi uma ovação de pé quando terminei. Levantei-me e abandonei o palco timidamente depois de um simples obrigado para me juntar aos outros na mesa.
-Wow pequenininha, você canta pra caramba. – disse-me sem ninguém tirar os olhos de mim.
-Ahhh aquilo não foi nada David.
-Muy lindo, cantas tan bien cariño. – disse-me passando um braço por cima dos meus ombros  puxando-me para o seu corpo.
 -¿Coando te vas Jane? – perguntou a Romanella.
-Mañana!
-¿Tan ciedo?
-Si.. Tiene que ser. – disse demonstrando a tristeza na minha voz de os deixar para trás. –Pero you vuevo! – disse soltando um sorriso fazendo-me recordar que seria por pouco tempo.
-Doende vás? – perguntou a pequena Sara inocentemente.
-España, cariño. – disse-lhe passando-lhe uma mão nas bochechas.
-Y vas quedarte adelante? – perguntou directamente, vi alguma tristeza nos olhos dela.
-No cariño. Yo vengo todos los fins-de-semaña e en 4 meses estoy de vuelta. ¿Si? – perguntei-lhe com um sorriso no rosto.
-Sí. – disse sentando-se no meu colo e enterrando o seu pequenino rosto no meu peito e como que automaticamente a minha mão passou pelos seus cabelos para fazer-lhe pequenas festas na cabeça.
Olhei para a Romanella que sorria docemente para mim.
-Que dabas un óptima madre, Jane. – disse-me.
Corei… e olhei para o Pablo que me observava com a maior ternura e com o maior amor no seu olhar.
-Eu sei que secalhar é um bocadinho tarde para isto, mas o Natal pode ser quando o homem quiser, e hoje eu quero, por isso peço por favor à Jane que volte ao palco. Preciso que me cantes só mais uma coisinha querida… Para animar a casa. – foram as palavras que ouvimos pela voz do sr. Carlos no microfone do palco. Eu não fazia ideia do que vinha aí. Mas levantei-me para o que quer que fosse. Levei a Sara no meu colo, porque ela não me queria largar.
Subi o palco e vi o que me esperava. Um típica música natalícia. E apesar de o Natal já ter passado não fazia mal a ninguém que voltasse a ser um bocadinho hoje. Segredei à pequena Sara o que ia cantar o que fez com que ela pusesse as suas mãozinhas à frente da boca abafando o seu riso completamente adorável. Sorri-lhe e vi que a plateia esperava impaciente para saber o que vinha aí. Agarrei na Sara apenas com um braço e peguei no micro com a outra. Acenei que sim ao sr. Carlos que mandou começarem a tocar a música… Voltei a sorrir para a pequena Sara e cantei os primeiros versos da música, que pelo próprio significado dos mesmo me fizeram cravar o olhar no Pablo.
“I don’t a lot for Christmas, there’s just one thing I need. I don’t care about the presents, underneath the Christmas tree. I just want you for my own. More than you could ever know. Make my wish come true. All I want for Christmas is… you.” Sorri ternamente para o Pablo no último verso. O ritmo da música acelerou, toda a plateia se levantou e começou a bater palmas ao ritmo da música. A pequena Sara sorriu, e eu continuei. “I don’t a lot for Christmas, there it’s just one thing I need. I don’t care about the presents, underneath the Christmas tree. I don’t need to hang my stocking. There upon the fireplace. Santa Claus won’t make me happy with a toy on Christmas day. I just want you for my own. More than you could ever know. Make my wish come true. All I want for Christmas is you.” ()

tags:
música: klaxons - echoes
sinto-me: :)
link do postPor pablitoaimar, às 15:35  comentar

De sofiarc ॐ a 14 de Dezembro de 2010 às 20:38
adoreeei +.+
escreves mesmo bem, Janee :)

o objectivo não era fazer o prefácio, que acho que já toda a gente (que lê a fic) percebeu do que trata a história xD era fazer a apresentação das personagens.
sim, o Savi, realmente, tem cara de puto :b *-*

beijinhoo*

p.s. publica mais um capitulo hoje, querida. por favor *.*

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